18 de março de 2010

O bloco de notas

Sempre tive um bloco de notas, desde que me lembro. Às vezes encarnado numa agenda 1997-1998 ou numa Sebenta comprada por 10 escudos no "Tio Edmundo". Sempre gostei de escrevinhar, mesmo quando nada de jeito ficava tingido nas folhas. Houve até uma altura em que havia a mania de escrevermos entre amigos grandes declarações de amizade sem propósito nenhum nos cadernos uns dos outros.

Tenho agendas que acabaram por ficar com o triplo da sua grossura original, tanta era a informação debitada e agrafada também. Bilhetes de avião, de concertos, até bilhetes do Cruzeiro do Canal, cartas, fotografias, pedaços de jornais e revistas recortadas e coladas de forma a parecer uma "cena brutal".
Dou por mim agora e metade do que enchia a minha "agenda preenchida" já não faz parte do meu caderno de folhas brancas actual. Continuam a haver muitos planos, listas do que fazer, do que não fazer às vezes. E começam a surgir outras coisas... referências de multibanco, listas de compras, emails e contactos de mil e uma empresa, muitos planos, muitos planos...

Agora o meu bloco de notas escreve-se de forma diferente...

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